O produtor de leite sabe bem o trabalho que dá manter a higiene na criação. Mas o que pouca gente sabe é que a diferença entre um curral limpo e outro sujo pode representar muito mais que uma questão só de higiene.O manejo do esterco pode render economia e lucros para o criador e foi justamente esse processo que a Michaela do Sítio Rio Negro nos mostrou, pois essa ação de aproveitar tudo é uma prática já consolidada no Sítio.
No meio da explicação, eis que aparece Lala essa linda e dócil arara, uma das mais ilustres moradoras do Sítio Rio Negro. Mas voltando ao assunto, saibam que O aproveitamento integral e racional de todos os recursos disponíveis dentro da propriedade, com a introdução de novos componentes tecnológicos, aumentou a estabilidade dos sistemas de produção existentes, bem como maximizou a eficiência dos mesmos, reduzindo custos e melhorando a produtividade.

Na imagem vocês podem visualizar o local onde se junta todo o esterco produzido pelo gado que fica guardado até estar pronto para ser usado. Neste sistema há necessidade da construção de tanques para coleta, tratamento e homogeneização do esterco líquido proveniente da limpeza das instalações. Os dejetos (fezes + urina) e os resíduos da alimentação são diluídos em água na proporção de 1:1 ou menos, de modo que a concentração de sólidos seja 12% para que sejam utilizados sistemas de irrigação com equipamentos especiais. A capacidade de armazenagem dos tanques é em função do tamanho do rebanho, sistema de confinamento, diluição de dejetos, tempo de detenção hidráulica, tipo de solo, manejo adotado para o sistema de irrigação, quantidade de chuva que o sistema pode suportar. As principais vantagens significativas deste sistema são: a) baixa utilização de mão-de-obra; b) liberação de máquinas e equipamentos caros, como trator e implementos para outras atividades; c) pequenas perdas de nutrientes quando as irrigações são freqüentes; c) economia de insumos agrícolas comerciais (adubos químicos, calcário); e d) conservação e melhoramento da fertilidade do solo.
Durante a digestão, bois e vacas produzem muito metano, um gás que contribui com 23% do efeito estufa e é 21 vezes mais ativo que o gás carbônico na retenção dos raios solares que aquecem o globo! No Brasil, os rebanhos de bovinos e outros ruminantes (cabras, ovelhas, búfalos…) são responsáveis por 90% do metano gerado no país – no mundo, esse índice cai para 28%. O gás é produzido por bactérias do rúmen (uma das quatro cavidades do estômago dos bichos), que ajudam a retirar a energia dos alimentos que o gado come. Michaela, explica que todo o esterco produzido pelo gado no sítio é colocado nessa especiei de posso e fica durante um tempo até estar pronto para ser usado como adulto natural. O mais impressionante é que não tem odor nenhum e ainda contribui para a sustentabilidade da natureza.