EMEF SÃO SEBASTIÃO – AGRINHO 2016
Teatro:
A turma do Agrinho em: alimentação saudável e sustentável.
Personagens:
1.
Agrinho – Paulo Janderson
8º ano
2.
Seu Juca – Ruan 8º
ano
3.
Mãe do Agrinho – João
Vitor 9º ano
4.
Aninha – Helen 7º ano
5.
Nando – Bruno 9º ano
6.
Mãe do Nando – Yasmin
7º ano
7.
Narradora – Taislana 7º
ano
8.
Avó do Agrinho –
Marcia Ellen 8º ano
Cena
01: Agrinho
acorda e senti que o clima do sertão foi amenizado pela chuva que caiu durante
a noite, enquanto isso Seu Jucá, bate a enxada para mais um dia de trabalho.
Narradora:
Essa é aquela típica história de dois primos em que um mora no campo e o outro
na cidade grande e de o quanto eles e suas famílias podem aprender com suas
diferenças culturais. Porque afinal família é tudo igual só muda de endereço.
Agrinho:
Como é gostoso amanhecer no sertão! Sentir o cheiro da terra molhada pela chuva
da madrugada, agora, o que era vegetação seca e sem folhas, já se apresenta
verdinha, certa de seu lugar no solo.
Seu
Juca: O sertão é magico, meu filho!
Agrinho:
Mágico
mesmo, pai!
Narradora: No
alpendre da cozinha, olhando os serrotes ao redor da casa Seu Jucá fala:
Seu
Juca: Lá em cima, ainda, está seco, mas basta dá só mais uma
chuvinha, e tudo fica verde!
Mãe
do Agrinho: O problema aqui é não chover... Quando não
chove, o homem nordestino e sua família sofrem muito, pois, não se preparam
para o período de seca.
Seu
Juca: Filho, o homem sertanejo só parece seco e árido... Como
o solo em que vive, mas surpreende a todos com a sua criatividade, seja na adaptação
dos recursos naturais à sua sobrevivência, seja na arte de curtume para
confecção da roupa de vaqueiro, chamada Gibão, usada quando o vaqueiro, em
surpreendente agilidade, monta em seu cavalo na missão de pegar o gado fujão no
meio da Caantiga!
Aninha: Papai,
minha mãe falou que, no passado, durante o período da falta de chuva, o
sertanejo passava grande dificuldade para conseguir água para beber e manter a
criação. É verdade?
Seu
Juca: É verdade filha, porque esse solo, cheio de pedras, não
armazena água, elas descem até o subsolo, mas grande parte dela se evapora com
a “quentura” daqui! Para evitar perdermos água para o uso, como a da chuva,
construímos a cisterna.
(Todos congelam)
Cena 02: Família do Nando
que mora na cidade.
Nando:
Como é bom acordar tarde na cidade grande, mãe o que tem para café da manhã
hoje?
Mãe
do Nando: Nando isso não é hora de acordar menino, já é quase hora
de almoço e você ainda tá pensando no café da manhã?
Nando:
Poxa mãe, perdi a hora assistindo televisão até mais tarde.
Mãe
do Nando: Tudo bem querido tem um suco delicioso de polpa de goiaba
na geladeira, manteiga daquela marca que você gosta e fatias de pão integral
porque eu me preocupo muito com a sua saúde, meu filho!
Nando: Mãe
é hoje que o meu primo vem aqui pra casa, o Agrinho?
Mãe
do Nando: Filho é justamente sobre isso que eu queria falar com
você, o Agrinho não vai mais poder vir pra cá esse final de semana, mas se você
quiser seu pai vai lhe deixar na rodoviária e lá seu tio Juca vai lhe espera na
agência da fretar de Pacoti.
Cena 03:
Narradora: Após
o almoço, continuam a conversa com toda a família no alpendre, Seu Juca diz:
Seu
Juca: Sabe, não sou doutor, tudo que sei é o que vivi aqui e
um pouco do que aprendi na escola, mas sei que somos felizes e fortes,
enfrentamos secas que até Deus duvida, a falta de esperança pode até tentar nos
derrubar, mas aprendi que aqui podemos viver sem agredir o meio ambiente.
Agrinho:
Sim, é verdade, uma vez teve uma gincana que envolvia todas as escolas em que eu
pude conhecer as manifestações culturais de nossa região, ouvi falar que é
possível até fazer turismo no meio desse sertão de meu Deus!
Narradora: Perto
do entardecer, com os animais em seus cochos, as galinhas empoleirando-se na
ingazeira, por entre a vegetação, espia-se a corrida de um mocó, estão todos à
espera do pôr do sol, o vento brando já, refresca o alpendre onde, sentada num
tapete de retalhos, com uma almofada alentada de espinho do mandacaru e bilros
pendurados, a avó de Agrinho tece renda. Sua mãe e Aninha encaminha-se à
cozinha para fazer o jantar. Agrinho vê o que o cerca, a família, a natureza...
e o lindo pôr do sol do semiárido. Quanto foi aprendido naquele dia e quanto
mais se pode aprender, ao visitar o terreno novamente, procurar passarinhos com
seu amigo Sabiá e banhar-se no riozinho, aproveitando a riqueza da caatinga!
Pensa Agrinho.
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